Tudo começo em 1708, quando Lourenço Alves Feitosa recebeu
uma doação de uma sesmarias do rei de
Portugal, localizada próxima as margens do Rio Jaguaribe. Logo após essa
doação, Lourenço começou sua fazenda nas
terras doadas. Em 1724, recebeu uma doação do dirigente da Capitania do Ceará
Grande (Manoel François) de mais três léguas de terra situadas nos caminhos do
Inhamuns.
Além das terras doadas a Lourenço Alves Feitosa, foram
feitas doações de extensas terras nas margens do Jaguaribe ao Capitão Gerardo
Monte. Por conta de divisão territorial, Lourenço Feitosa e Gerardo Monte
passam a ser inimigos, o que ocasionou
várias lutas entre eles em diversos locais da região. Esses locais possuem .
O tempo vai passando e outras famílias vão chegando na
região e acabam se envolvendo em lutas também. São elas:
v Araújos
X Maciéis.
v Vigiatos
X Calangos.
v Chunhas
X Patacas.
Em 1762 foi construída a Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Rosário, e ao redor dela vão surgindo residências,
dando origem a um povoado. A partir disso pararam com as lutas por terra, e a
paz começou a reinar na região.
Somente em 14 de dezembro de
1801, Gregório José da Silva Coutinho elevou o povoado à categoria de Vila, recebendo o nome de São
João do Príncipe. Recebeu esse nome em homenagem ao Príncipe Regente de
Portugal Dom João VI. O tempo foi
passando e a Vila São João do Príncipe cresceu e se tornou o maior povoado da
região, sendo assim elevada categoria de cidade. Passou a ser cidade no dia 2
de agosto de 1929, data em que comemora-se o dia do município.
Índios Jucás
Quando os colonizadores chegaram
em Tauá, encontraram terras já habitadas por povos indígenas: Os Jucás. Eles
ocupavam e dominavam terras entre os atuais municípios Jucás e Arneiroz. Para se defenderem dos ataques dos invasores, os índios
construíram uma fortaleza localizada no saco do Coronzó, também conhecido como
Muralhas rochosas. Essa fortaleza também tinha a função de demarcar terras
indígenas.
Na chapada da Serra Grande, os
Jucás plantavam mandioca, com a qual faziam farinha para a sua própria
alimentação. Nos anos escassos eles se alimentavam de raízes de mandioca,
corotá ou mucurã. Se alimentavam também, da peça, da caça e de frutos.
Para defenderem seu território,
os índios Jucás acabaram entrando em confronto com os índios Crateús e Quixelô.
Além de travarem lutas com os colonizadores. Lembrando que a palvra território
tinha um significado diferente para os colonizadores. Enquanto para os nativos
possuía um valor simbólico era um meio
de sobrevivência, para os colonizadores as terras eram apenas um meio de
exploração e produção.
A ocupação das terras dos Inhamuns se deu no inicio do
século XVII. Os índios nessa época foram caçados , presos, mortos e/ou
domesticados.
Tauá é um município com um rico
patrimônio cultural que pode ser mostrado nas vaquejadas, festas juninas,
festas religiosas, artesanato, teatro popular, reisados e literatura de
cordéis. Como 3° maior do estado do Ceará, Marrecas, distrito de Tauá realiza a
festa religiosa Jesus, Maria e José. Esse evento é marcado principalmente pela
caminhada da fé, que reúne diversos fieis.
Tauá atualmente possui praças
onde as pessoas vão para se divertir, conversar. Possui diversas pizzarias,
lanchonetes, restaurantes, pontos de açaí, clubes de banho, sorveterias e muito
mais. Conta também com o Centro de Negócios e uma grande variedade de lojas.
Esta cidade é considerada a maior dos Inhamuns, por isso recebe também o nome
de Princesa dos Inhamuns.
Tempos atrás a cidade era
administrada pela ex prefeita Patrícia Aguiar. Isso permaneceu por 16 anos, tendo
também como prefeito Odilon Aguiar e outras pessoas da família. No ano de 2016, Patrícia acabou perdendo as eleições
para Carlos Widson Mota, com uma diferença de 93 votos.
Berço da historia primitiva
Tauá localizado no sertão Inhamuns é o berço da historia
primitiva. A vegetação e revelo são
típicos do clima semiárido e apresentam nessa região, uma enorme riqueza de
material arqueológico e paleontológico.
Há muitos anos atrás, homens primitivos estiveram presentes
nesta região, deixando suas marcas nos variados conjuntos de afloramentos
rochosos, situado em Santo Antônio das Carrapateiras, São Bentinho, Colonos,
Marruás e muitas outras localidades. Esses conjuntos foram painéis como
pinturas rupestres e estão praticamente intactos.
Em Tauá foram localizadas ossadas de preguiças e tatus
gigante, tigres dente-de-sabre e animais já extintos como por exemplo o
mastodonte e o toxodonte. Os sítios pré-históricos encontrados no município
mostram que teve a presença de civilizações com conhecimentos agrícolas
avançados na agricultura e o manuseio de itens como flechas, utensílios
domésticos e machadinhas. Todos esses artefatos estão expostos no acervo do Museu
Regional dos Inhamuns.
Comentários
Postar um comentário